Dicas práticas

Como compor melhor

Tá com dificuldades para compor? Quer aprimorar sua caneta? Então leia este artigo até o final

Você sabia que existem técnicas que te ajudam a compor melhor? Sabia que você não precisa ficar refém da inspiração? Só não existe uma fórmula pronta, uma receita infalível ou coisas do tipo. Se você quer saber como melhorar suas composições, leia este texto até o final.

De maneira geral, as músicas que estão nos primeiros lugares das plataformas digitais (spotify, youtube, etc) narram rápidas histórias ou experiências, com começo, meio e fim e que sejam pertinentes (relevantes) a uma grande parcela da população.

E é neste parágrafo anterior que mora o grande pulo do gato… “Então quer dizer que para eu compor melhor a minha composição precisa contar uma história ou experiência que alguém se identifique com ela e precisa ter um começo, meio e fim?” A resposta é um SIIIIIM gigante!

Relevância

Você sabe o que é empatia? De maneira geral, a empatia é a capacidade de partilhar e compreender estados emocionais de outras pessoas. Ou seja, é quando alguém se importa com o que você pensa, sente e faz e demonstra essa atenção.

É por esse motivo que, geralmente, as pessoas se interessam por narrativas em que elas se veem representadas (se veem na história). Quantas vezes você já ouviu uma música e pensou: “Nossa, parece que ela está cantando o que aconteceu comigo!” ou ainda “Nossa, ele parece que ele sabe o que eu estou sentindo!”. Pois é… isso vem da empatia e você pode usar ao seu favor.

História

Me lembro bem das aulas de português do ensino fundamental, quando a professora insistentemente repetia todos os dias: “toda história tem que ter começo, meio e fim!”. E na composição, não é diferente. Além disso, para facilitar seu processo de composição, crie o universo daquela história. Anote num papel quem são os personagens, onde a história se passa, qual o tempo, qual o desfecho e tudo mais que você achar pertinente. Vou te dar algumas dicas práticas.

Para criar um cenário para a sua narrativa, responda essas perguntas: Onde a história se passa? No bar? Na cama? Na praia? No posto de gasolina? Etc…

Depois, estabeleça as características do personagem. Responda: Quem é o personagem da minha história? Qual sua idade? Em que etapa da vida ela se encontra? Qual sua característica emocional mais marcante? Quais seus desejos? Quais seus medos? E por aí vai… Você pode se aprofundar no detalhamento do seu personagem o quanto achar necessário.

Pulo do gato – Aqui entra uma dica que pode fazer com que as pessoas se identifiquem mais com sua história. Ao definir todas as características do seu personagem, tente traçar pontos que se assemelham com as características das pessoas que você quer atingir com a música.

Feito isso, defina os principais pontos da história. Ela se passa em qual tempo? Presente, futuro, passado? Qual o ponto de partida do personagem – como ele está quando a música começa? Qual será o ponto de virada do personagem/música? Qual o desfecho – a música acaba como?

Agora você já tem um mapa da composição em mãos e aí é a hora de “começar” a compor propriamente dito.

Inspiração

Neste momento você pode estar se perguntando… “Mas você não falou que iria me ensinar a não ficar refém da inspiração?” Pois bem… Aqui vai o terceiro pulo do gato: Você não tem que ficar esperando a inspiração chegar passivamente. Você deve provoca-la, instiga-la, cria-la. Parece complexo, mas não é.

Para fazer isso, observe as pessoas. Preste atenção no que elas estão falando, comentando tanto nas redes sociais quanto na vida real. Escute tudo com atenção e tente entender as histórias de vida. Assista filmes, seriados, vídeos. Ouça música, mas não se limite ao seu estilo preferido. Ouça ritmos diversos, músicas novas e velhas, sucessos e músicas desconhecidas, nacionais e internacionais. Leia bastante. Devore livros, viaje em universos criados por autores renomados e não renomados. Se possível, viaje, conheça novas culturas e sempre analise tudo que você está absorvendo.

Tudo isso te fará um compositor (e uma pessoa) melhor. Com mais assuntos para falar, com mais temas para escrever e menos refém da inspiração.

Tem mais alguma dica? Comente aqui!

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