Entrevista # Amanda Borges
“Trocava qualquer boneca do planeta por um violão”
O Papo Sertanejo estreia hoje uma série de entrevistas com artistas, cantores, músicos e compositores.
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Começamos nossa série com o pé direito, com um bate-papo muito bacana com Amanda Borges.
Você pode até não conhecer Amanda Borges, mas certamente já ouviu uma das mais de mil composições de sua autoria. Entre elas, destacam-se Pra Ser Perfeito e Se Eu Não For, sucessos na voz de Michel Teló; Indecifrável e Junto A Ti, gravadas por João Neto & Frederico; o hit Nada Foi Real, gravado pela dupla Marcos & Belutti, entre muitos outros. Já na estrada, a jovem de 19 anos já gravou com Gusttavo Lima e dividiu o palco com Luan Santana.
Nova e com um futuro brilhante pela frente, Amanda conta que, em sua infância, “trocava qualquer boneca do planeta por um violão”. Não é para menos. Neste bate-papo, ela mostra como a música entrou em sua vida, fala dos planos futuros e dá algumas dicas para quem está começando a carreira.
Enquanto você lê esta entrevista, ouça algumas composições de Amanda Borges para outros artistas. Confira:
Amanda, de maneira geral, a música está no sangue desde a infância de cada artista da área. Com você não foi diferente: desde criança, você começou a cantar. Conte para nós como foi sua infância com a música? Como nasceu essa paixão?
Tudo começou em rodas de viola da minha família. Eu escutava meu avô tocando e ficava fascinada. Ele foi um grande músico, cantava suas próprias composições, e eu contava os segundos pra chegarem as férias para ir à fazenda dele. Lá ele me ensinava tudo que sabia. Minha mãe viu esse interesse e a maneira como eu sempre gostei de música, e começou a despertar ainda mais isso em mim. Ela fechava apresentações na escola e em festas infantis, então ensaiávamos e ela produzia um “mini show”, até com bailarinos! Fui me apaixonando cada vez mais, trocava qualquer boneca do planeta por um violão, até que meu pai me deu o primeiro, quando eu tinha seis anos, e ai comecei a compor e não parei mais…
Como autora de mais de mil canções, tendo músicas gravadas por grandes nomes e duplas sertanejas, como se sente neste momento de transição, no lançamento de sua carreira como cantora?
Ansiosa, rs… Quero mostrar minha voz às pessoas logo e realizar meu maior desejo, que sempre foi compor pra mim.
Nós, do Papo Sertanejo, temos uma grande preocupação com o mercado musical. O brasileiro é criativo por natureza e existem muitos talentos escondidos por aí. Para uma composição ser gravada, existe todo um processo, muitas vezes desconhecido por pessoas que estão entrando agora no mercado – na maioria dos casos, eles não sabem como tudo acontece. No início da sua carreira como compositora, como foi esse processo?
Realmente! Uma preocupação bastante lógica! É muito difícil, principalmente no interior, conseguir encontrar bons contatos. Eu fui bastante insistente, não conhecia ninguém do mercado, era muuuito nova – tinha 12 anos -, morava no interior de Goiás, em Catalão, e meus pais não tinham condições financeiras para investir. Então, comecei a acompanhar todos os grandes shows na minha cidade e, antes dos shows, ficava na recepção dos hotéis, onde os artistas estavam hospedados, na esperança de alguém ouvir alguma das minhas composições. Já cheguei a ficar mais de 12 horas esperando, tentei várias vezes, até que um dia, no show do Eduardo Costa, um dos produtores de estrada dele me ouviu, gostou, acabou se tornando meu empresário e me apresentou pra muitas pessoas do meio. E foi assim que minhas músicas começaram a entrar no repertório de grandes artistas.
Como você fez com que sua primeira música chegasse a um grande cantor no mercado?
Eu e meu primeiro empresário, começamos a visitar alguns escritórios e mandar musicas para os grandes produtores. Foi a dupla João Neto & Frederico que me deu a primeira grande oportunidade, com a música Junto A Ti.
Existe alguma dica que você possa passar para quem está começando nesse mercado?
O que eu sempre digo é sempre tentar fazer algo novo, “esquecer” um pouco o que já existe, e tentar construir um estilo próprio. A composição ajuda muito nisso.
Você está prestes a lançar seu segundo álbum, que terá 14 faixas inéditas e totalmente autorais. O que mais você pode adiantar do seu novo álbum?
Esse é um CD que tem de tudo um pouco, pra todos os gostos: arrocha, romântico, pop, brega, vanera. Foi feito com muito carinho, pensando, a todo o momento, em como conquistar vocês! Espero que tenha acertado!
Da “cantorinha”, como era conhecida na família e nas festas da prefeitura, lá em Catalão (GO), para a linda mulher que você se tornou. O que mudou? E o que permaneceu?
Ganhei maturidade, musical e pessoal. Hoje eu entendo mais o som que quero passar para as pessoas e o que eu quero ser de verdade. Também sou mais atenta, não confio em tudo e em todos de olhos fechados. O que permaneceu e sempre permanecerá é a minha vontade de vencer, de levar o nome da minha cidade pra esse País, o sotaque (risos) e o apego à família e aos amigos de infância.
Amanda, 19 anos, mais de mil músicas. Qual seu maior sonho?
Meu maior sonho é ver minhas musicas conquistando multidões. Ver as pessoas cantando junto comigo e ser reconhecida por isso.
O que você espera do futuro?
Espero ter a chance de realizar meu sonho, espero dar uma vida boa aos meus pais e à minha família. Quero construir a minha família e continuar compondo até ficar velhinha!
O Papo Sertanejo te deseja sucesso e deixa as portas abertas a você e toda sua equipe. Contem conosco!
Eu agradeço de todo coração! Que Jesus continue abençoando vocês com muito sucesso! E espero que seja a primeira de muitas entrevistas! Beijo no coração. ❤